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“CABRAL MORREU, MAS TEMOS MAIS HOMENS COMO ELE. ONDE ESTÁ O CARLOS LOPES?”, MICHEL TÉ

A República da Guiné-Bissau celebra este sábado os 49 anos de independência. Um momento que convida os guineenses em todas as partes do universo a várias reflexões sobre o dia-a-dia do país.

Michel Té, jovem filósofo, arquiteto e escritor guineense radicado em Portugal, foi um dos convidados do debate especial na Rádio Jovem para analisar esses 49 de independência, olhando para o que é necessário fazer para ultrapassar as constantes instabilidades no país e mirarmos em efetivo para o tão almejado desenvolvimento sustentável.

Durante a conversa, o jovem escritor guineense mostrou-se que é da opinião que o país, diferentemente do passado, dispõe agora de um leque considerável de quadros técnicos em todas as áreas do saber, pelo que é mais fácil, por isso, trabalharmos para desenvolver a nação.

“Cabral morreu, mas temos mais homens como ele. Onde está o Carlos Lopes? Um intelectual de excelência que ouvimos ter contribuído na estabilidade do Brasil de Lula e Rwanda de Paul Cagame; onde estão o Paulo Gomes? Ernesto Dabó? Toni Tcheca? Hélder Proença? Domingos Simões Pereira? Quer dizer, afastámos esses homens com a ideia de que Cabral morto é que vai se ressuscitar e desenvolver as coisas?”, questiona Michel Té.

O escritor que se notabilizou no país ao ter conseguido 20 valores na defesa de tese de mestrado em arquitetura em Portugal considera que a nova geração está em condições de implementar o “programa maior” idealizado por Amílcar Cabral.

“Estamos aptos a fazer funcionar o plano maior, bastando para isso compromisso com a nação”.

Na ocasião, o arquiteto pede aos guineenses para trabalharem seriamente para o desenvolvimento do país e não esperar que os heróis do passado o venham a fazer para nós, “já lamentámos muito, um, em cada dois guineenses que telefonares, fala-te do falecimento de um familiar, é porque o país não está bem; doenças simples, mas não temos controlo de nada. Há um sistema de corrupção generalizada montado nos hospitais do país que vai ceifando vida aos cidadãos e ninguém está comprometido com vidas alheias”.

Sobre a subida dos preços dos produtos da primeira necessidade, o jovem alega que “os países vizinhos sequestraram a nossa economia” e lembra que “mesmo durante o conflito político-militar de 1998 não havia essa subida absurda de preços”

Por fim, alerta que na base desse “conforto fingido” vamos aniquilar uns aos outros.

Rádio Jovem

 

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