A Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) alertou hoje ao executivo que o sector do ensino nacional contínua “frágil e deficitária”, tendo em conta as sucessivas greves dos professores e degradações das infraestruturas escolares a nível do território nacional.
Segundo a organização estudantil, além da greve e falta das infraestruturas, o sistema educativo nacional enfrenta ainda a falta de inspeção regular nas escolas públicas, a falta de curriculum unificado e a falta de formação contínua dos professores.
A preocupação foi transmitida ao vice-primeiro-ministro, Soares Sambú, e a ministra da Educação Nacional, Martina Muniz, pelo próprio presidente da (CONAEGUIB), Bacar Darame, durante a cerimónia do encerramento do ano letivo 2021-2022.
“Vários intervenientes no sector educativo, entre departamentos competentes do executivo para avaliação do sistema, mostram a fragilidade do sector, por outro lado, as ONG que intervém no sistema indicam nos seus relatórios um sistema deficitário”, explicou Bacar Darame.
Darame adianta ainda que o sistema educativo convida a todos os intervenientes a refletir no sistema educativo mais sólido e consistente, ou seja, o sector precisa de uma estabilidade permanente para poder implementar as reformas projetadas.
Na ocasião, o líder da organização estudantil diz que o governo, enquanto entidade com competência de regular e fiscalizar o sistema, deveria financiar e alocar os recursos necessários para poder adaptar as exigências de globalização.
Em reação às preocupações levantadas, a ministra da Educação Nacional, Martina Muniz, promete abertura total com os intervenientes do sector educativo no sentido de evitar a paralisação para o próximo ano letivo.
Sobre as infraestruturas escolares, Muniz lamenta a situação, mas garante que o governo vai trabalhar no sentido de reabilitar as infraestruturas escolares.
A cerimónia de encerramento do ano letivo que decorreu nas instalações da Escola Nacional de Administração (ENA), sob o lema: “Estabilidade Educativo face a pandemia de Covid-19″, contou com presença de vários intervenientes do sector educativo.
O ano letivo 2021-2022 ficou marcado com a paralisação dos professores em resposta ao apelo da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG).
Por Alison Cabral