O presidente do Sporting Clube da Guiné-Bissau acusou esta quinta-feira a direção da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, liderada por Carlos Alberto Mendes Teixeira, de ter gerido muito mal os fundos doados pela FIFA e CAF e sem justificativos claros.
Ricardo Pascoal Caetano falava dos acontecimentos do congresso extraordinário da entidade, realizado no passado sábado, de onde foi aprovado o Relatório e Contas da última época desportiva 2021/2022, mas sem voto do seu clube.
“A federação gastou 279 milhões, 454 mil e 312 francos cfa. Informou-nos que gastou só em transporte, 120 milhões e 284 mil francos cfa, serviços exterior, 340 milhões 309 mil francos cfa, outros encargos, 421 milhões 158 mil francos cfa”.
“São valores avultados que conforme regras contabilísticas, essa despesa tinha que ter anexos. A federação vive simplesmente de subvenção que a FIFA, CAF e UEFA disponibiliza para atividades desportivas”, diz o responsável leonino.
Tendo acrescentado ainda que a entidade desportiva recebeu da FIFA 1 bilhão, 314 milhões e 193 mil francos cfa, da CAF, 138 milhões francos cfa e da UEFA, 21 milhões e 646 mil francos cfa e de outras entradas, num total de 3 milhões e 679 mil francos que totaliza 1 bilhão e 678 milhões 483 mil francos cfa.
“Como foi utilizado estes fundos? Porque a federação premiou o campeão nacional da época 2021/2022 somente com 6 milhões de francos cfa”, questionou o dirigente desportivo.
Por fim, Caetano acusou ainda a atual direção da federação de estar a suicidar o futebol nacional, uma vez que os clubes estão todos carenciados e com dificuldades financeiras.
Fonte: RSM
