A greve iniciada hoje pelos Técnicos de Saúde Novos Ingressos está a ter consequências alarmantes nos serviços de atendimento dos centros hospitalares do país, principalmente das regiões.
Os Técnicos de Saúde Novos Ingressos iniciaram hoje a paralisação dos serviços de saúde em todo o território nacional para reclamar do executivo de Nuno Nabiam a observância de certos pedidos seus.
Em Causa está o não pagamento dos salários há mais de 12 meses, não inclusão destes técnicos no último recenseamento dos funcionários públicos e a situação da efetivação.
Paralisação esta que está afetar os serviços de atendimento de diferentes hospitais do país. Segundo constatou a Rádio Jovem no hospital Nacional Simão Mendes, apesar de parte dos serviços estarem a ser assegurados por técnicos efetivos, o atendimento está a ser afetado por esta paralisação.
A nossa reportagem tentou, mas sem sucesso, contactar a direção do Hospital Simão Mendes. Remeteu-se em silêncio.
No interior do país, segundo os nossos correspondentes, a situação é idêntica.
Em Bafatá, todos os técnicos de saúde novos ingressos voltaram para Bissau e os serviços estão a ser assegurados pelos técnicos efetivos.
Na conversa com o enfermeiro-chefe do Hospital Regional de Bafatá, Duarte Augusto Có, alertou que “se a situação não for resolvida daqui a cinco dias, os efetivos não vão poder prestar assistência adequada aos pacientes daquela localidade”.
Em São Domingos, norte do país, todos os serviços dos centros daquela localidade estão encerrados, nota o nosso correspondente local.
Situação contrária se verifica em Bolama. Segundo apontamentos do nosso correspondente, o administrador do hospital da região de Bolama, Malam Fati, afirma que todos os serviços estão a funcionar em pleno, ou seja, não há adesão à greve.
Segundo as informações na posse da Radio Jovem, a paralisação dos serviços em todos os centros hospitalares ao nível nacional terá a duração de duas semanas, caso o governo não atender as suas reivindicações.
O coletivo dos técnicos recém-colocados informou que enviou uma carta ao Ministro de Saúde para lhe informar da greve, mas até então não receberam nenhuma reação por parte do governante, nota o porta-voz Dêncio Florentino Ié.
Segundo informações disponíveis, os serviços da maioria dos centros de saúde em todo o território nacional são assegurados por estes técnicos.
Rádio Jovem