Associação Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau (ANIN-GB) insurgiu-se contra a atuação do posto de controlo de escoamento da castanha de cajú montado em Safim, região de Biombo, e exigiram que sejam criadas as condições para tornar o sistema mais célere, para não provocar prejuízos aos associados.
As exigências foram tornadas públicas esta quinta-feira, 2 de junho, pelo presidente da organização, Lassana Sambú, que exige igualmente o fim de “cobranças ilícitas” da parte do Comité de Estado e a aplicação da média de 80 por saco de castanha, não 85 que atualmente está a ser praticada.
Denunciou que o Ministérios das Finanças envolveu a Polícia Judiciária no processo, sem criar as condições para que o sistema fosse ágil, denunciou igualmente a má conduta dos agentes dos postos de controlo, tanto de Safim como o de João Landim, que chegam a provocar atrasos de 24 horas aos motoristas, devido ao sistema burocrático montado para controlar o processo de escoamento da castanha.
“Temos informações que o comité de Estado de Safim está a cobrar 15 mil francos CFA a cada balança”, denunciou e disse que o sistema montado é moroso e as instalações onde foi montado não reúne as condições para acomodar uma pessoa, para de seguida revelar que estão a ser vítimas de uma burocracia para roubar os intermediários.
“Se não fosse roubo, as exigências que são feitas seriam desnecessárias, porque se um intermediário declarar o pagamento, recebe um guia de remessa e talão de depósito. No posto de Safim é introduzir o NIF para confirmar tudo na base de dados. A única missão é confirmar os sacos declarados e a chapa de matrícula do carro, ponto final”, salientou.
Lassana Sambú lamentou que a organização não tenha sido convidada para tomar parte nas ações ou trabalhos desenvolvidos pela comissão interministerial criada para o seguimento do processo de escoamento da castanha de cajú, embora seja membro.
“O presidente da comissão é conselheiro do vice-primeiro-ministro para assuntos económicos para o setor público-privado e a digressão que o ministro do Comércio e Indústria e o vice-primeiro fizeram por todo o país não envolveu ninguém da fileira de cajú “, afirmou.
Associação Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau alertou que se as exigências não forem atendidas e o sistema continuar a prejudicá-los vão suspender, a nível nacional, todo o processo de escoamento, como sinal de protesto à injustiça.
Finalmente, indicou que em cada ano agrícola ou campanha de comercialização da castanha de cajú, a organização que dirige gere mais de duzentos milhões de dólares.
Fonte: O Democrata