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“PAIGC QUER APROVEITAR ESTA OPORTUNIDADE PARA PODER REALIZAR O SEU CONGRESSO”

O jurista guineense, Fransual Dias, considera que o Governo que está a ser preparado na Guiné-Bissau não é um “governo inclusivo”, como afirmou Sissoco Embaló. O Presidente tentará um consenso com os restantes partidos, inclusive com o PAIGC.

Em entrevista à DW África, o jurista Fransual Dias explica que, sem “uma base sólida de parceria com o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Partido de Renovação Social (PRS) e os cinco deputados que asseguravam a maioria parlamentar”, Umaro Sissoco Embaló tentará um consenso com os restantes partidos, inclusive com o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

O analista considera que os partidos “não têm nada a perder” e, por isso, deverão aceitar integrar este novo Governo, que deverá ter por base, entre outros, a assinatura de um pacto governativo.

“Parece-me que o PAIGC quer aproveitar esta janela de oportunidade para poder realizar o seu congresso”, acrescenta.

Umaro Sissoco Embaló anunciou, esta semana, que está a ser preparado um novo Governo de iniciativa presidencial na Guiné-Bissau.

“Temos de fazer a distinção entre Governo inclusivo e Governo de unidade nacional. Portanto, aqui parece-me que o Presidente da República quer fazer um Governo de unidade nacional, quando convoca os partidos políticos, inclusive o PAIGC, o partido com o qual tinha uma rutura total. Há alguns fatores a sublinhar. Como é que a situação se desenrolou para chegarmos a este Governo de unidade nacional? É esta grande questão. A grande conclusão é que parece-me que o Presidente da República não está a conseguir ter uma base sólida da parceria entre o PRS e o MADEM-G15 e os cinco deputados que se tinham desvinculado do PAIGC e que vieram apoiar esta maioria parlamentar. Agora, o Presidente quer engendrar outra parceria com o PAIGC e os restantes partidos”, observa o jurista.

Para o jurista, pode-se dizer que esta é a melhor saída para a crise política no país.

“A melhor saída, porque vai-se organizar a eleição. Não creio que a eleição se realize no mês de dezembro, mas é uma saída em que os partidos políticos vão negociar passo a passo até à realização das eleições. E com a realização das eleições, os partidos vão retomar os seus passos definitivamente, porquanto o Presidente da República já não terá mais poder de impor isto e aquilo”, disse.

Fonte: DW

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