O advogado guineense, Marcelino Ntupé, afirmou hoje, 06.05.2022, em Bissau que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, é o principal responsável pela não libertação das pessoas detidas no caso da tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro do ano em curso.
Segundo explicações de Marcelino Ntupé, Umaro Sissoco Embaló pretende com investidas fazer monopólio dos militares detidos no sentido de permitir a entrada das forças estrangeiras na Guiné-Bissau.
“Presidente da República é cúmplice, é o responsável número um por estes militares estarem detidos até hoje. Ele quer controlar os quartéis e facilitar a instalação das forças estrangeiras”, observa o advogado.
O causídico falava numa conferência de imprensa com objetivo de tornar publico o incumprimento do despacho do juiz que ordenou a libertação dos detidos suspeitos. Uma decisão que não foi acatada pelo Estado-Maior General das Forças Armadas.
Na ocasião, Marcelino Ntupé fez lembrar que o Ministério Publico não tem competência de investigar este caso, uma vez que estes suspeitos são militares.
“Promotoria militar é equiparável MP e tribunal comum, por isso para todos os efeitos deve ser aquela entidade a julgar estes casos”, esclarece Marcelino.
Oficialmente, não se sabe quantas pessoas se encontram detidas, entre oficiais militares e cidadãos civis, suspeitos de participarem na tentativa de golpe de Estado do passado 1 de fevereiro. O que se sabe é que nenhum dos suspeitos foi libertado.
Um despacho do Juízo de Instrução Criminal e do Ministério Público, que a imprensa teve acesso recentemente, ordenou a libertação de 14 pessoas detidas em diferentes estruturas em Bissau, mas os suspeitos continuam nas celas até agora.
Por Redação