A jornalista Maimuna Bari, uma das feridas na tentativa de fuga aquando do ataque à Radio Capital FM, continua em ʺestado críticoʺ, informou hoje a presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS), Indira Correia Baldé.
Segundo explicação de Indira Correia Baldé, a jornalista está internada no Hospital Militar em Bissau, estando neste momento ʺinconscienteʺ, com dores na coluna vertebral e precisa de um tratamento especializado urgente.
ʺA Maimuna Bari precisa de mais cuidado, continua internada e precisa mesmo de tratamento especializado, porque pulou do primeiro andar do edifício para o chão, tendo caído mal. Neste momento, está com dores em todo o corpo, hematoma e dores na coluna vertebralʺ, disse.
Correia Baldé falava em conferência de imprensa na Casa dos Direitos em Bissau, com o objetivo de reagir ao ataque à Rádio Capital por homens armados, ontem, na qual responsabiliza o Estado guineense pelo sucedido.
ʺMais uma irresponsabilidade do Estado guineense, porque cabe ao Estado garantir a segurança de todas as pessoas, e a Maimuna está ʺinconscienteʺ e não sabemos o que poderá acontecerʺ, referiu Correia Baldé.
Ladeada pelo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Augusto Mário da Silva, a presidente do SINJOTECS, Indira Correia Baldé, afirma que o exercício do jornalismo ʺlivre e independenteʺ está ameaçado no país.
Visivelmente desapontada pelo ataque ao órgão privado, a repórter do canal português em Bissau, a RTP-Africa, pediu a comunidade internacional para “dar a cara” e apoiar o país e os profissionais da comunicação social.
Este é o segundo ataque às instalações daquele meio de comunicação social depois de um outro, em 26 de Julho de 2020, quando foi destruído praticamente todo o material.
Na sequência deste ato de vandalismo, um grupo de cidadão já lançou uma campanha nas redes socais de angariação dos fundos para ajudar a direção do órgão a comprar matérias.
Por Alison Cabral
