União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) realizou hoje (20.11) um protesto contra a austeridade e o Orçamento Geral de Estado (2022). Trabalhadores pedem ainda reforma da Função Pública.
Em Bissau, a UNTG convocou para hoje (20.11) uma manifestação contra a austeridade e o Orçamento Geral de Estado para 2022.
“Vamo-nos manifestar contra a austeridade e contra o Orçamento de Estado para 2022, que não vai resolver os problemas sociais”, afirmou o vice-secretário-geral da UNTG, Yasser Turé.
Inicialmente marcado para quarta-feira, o protesto acabou por ser adiado para hoje devido às celebrações do dia das Forças Armadas e da independência, que se assinalaram na terça-feira.
“Queremos um Orçamento de Estado que resolva os problemas sociais”, disse, salientando que o próximo Orçamento de Estado mantém a austeridade e vai ser “outro ano de paralisia”.
Yasser Turé disse que os trabalhadores querem também a reforma da Função Pública, porque é ali que reside o problema.
Défice orçamental
“Só com a reforma podemos diminuir o défice orçamental. A reforma vai permitir fazer mais poupança e aumentar o salário mínimo”, salientou.
Atualmente, o salário mínimo na Guiné-Bissau é de 50 mil francos cfa (cerca de 75 euros) e a UNTG, principal central sindical do país, tem reivindicado um aumento para 100.000 francos cfa (cerca de 150 euros).
A central sindical tem convocado, desde dezembro de 2020, ondas de greves gerais na função pública.
Os trabalhadores exigem do Governo, entre outras reivindicações, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo.
O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), Júlio Mendonça, afirmou hoje que a luta dos guineenses vai continuar até conseguirem conquistar todos os seus direitos.
DW