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GUINÉ-BISSAU TEM ENORMES DESAFIOS PARA ALCANÇAR A IGUALDADE DE GÉNERO

A Guiné-Bissau continua a ter enormes desafios para alcançar a igualdade de género, condicionados sobretudo por obstáculos legislativos, culturais e falta de políticas públicas concretas voltadas à promoção da igualdade e equidade de género.

De acordo com varias denúncias de organizações representativas, a situação da mulher no país é caracterizada por abusos, falta de oportunidade em comparação com os homens e casamentos forçados a que varias meninas ainda são vítimas.

Na sua intervenção na cerimónia da celebração do Dia Internacional das Meninas que se assinala hoje, a coordenadora do departamento de saúde da Rede Nacional de Jovens Mulheres Líderes do país (RENAJELF-GB), Samuela Fidelis, lançou um repto as autoridades sobre a necessidade de integração do género em todas as diretrizes governamentais.

“Gostaria de aproveitar esta ocasião singular para, em nome da organização que represento, lançar um repto as autoridades do país sobre a necessidade de integração da dimensão do género em todas as grandes diretrizes governamentais, proporcionado um investimento robusto na formação de jovens meninas”, disse.

Fidelis destacou ainda a necessidade urgente de integração da dimensão do género no planeamento, elaboração de orçamentos, acompanhamento e avaliação da legislação e de todas as políticas nacionais.

Presidindo a cerimónia nas instalações da Escola Nacional da Administração (ENA), o presidente do Instituto da Mulher e Criança, Ussumane Embaló, lembrou que o executivo tem comemorado esta data para alertar a sociedade sobre a necessidade de integração das meninas em diferentes franjas sociais do país.

“Os inúmeros factos demonstrativos, a valentia e a bravura de muitas meninas líderes serviu de inspiração para muitas outras que se juntaram em várias organizações nacionais para lutarem pelos seus direitos violados e oportunidades rejeitadas de forma a superarem as principais barreiras que impeçam a ceder as estruturas de tomadas de decisões”, explicou.

Em 2018, o parlamento guineense aprovou a Lei da Paridade que fixa a quota mínima de 36% para a presença de mulheres nos lugares cimeiros e esferas de decisões. Contudo, ainda observa-se incumprimento da lei, em todas as esferas.

O evento foi organizado pela ENA, em parceria com o PUND, com a metodologia de “Giri Move”, sob apoio de Fundo das Nações Unidas para a Consolidação da Paz, no quadro de programa de activação de talento feminino no país.

É celebrado hoje em todo mundo, o Dia Internacional de Menina. A data foi determinada pela ONU desde 2012 e as celebrações marcam os progressos nos direitos das meninas adolescentes e reconhece a necessidade de promover a igualdade entre géneros.

Por: Alison Cabral

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