Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a Guiné-Bissau precisa de mobilizar mais receitas para “debelar os desafios existentes no país”, segundo um comunicado do Ministério das Finanças.
O chefe da missão técnica do FMI, Xiao Yuan, traçou um quadro favorável na perspetiva de estabelecer um acordo financeiro com a Guiné-Bissau, mas avisou que, é necessário mobilizar mais receitas públicas com vista a debelar os desafios existentes no país”, refere uma nota do Ministério das Finanças, divulgada esta segunda-feira (26.09) no final de uma missão técnica da organização financeira a Bissau.
A missão técnica chegou ao país no dia 14 e durante a sua permanência em Bissau esteve a analisar as folhas salariais da função pública, bem como o recenseamento dos funcionários públicos e a conhecer o número total de professores existentes no país.
A missão manteve reuniões com técnicos de várias instituições nacionais.
Questão salarial é um desafio
O ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, afirmou que a gestão da massa salarial “continua a ser um dos desafios” para o país, devido ao “incumprimento da lei na Administração Pública”, havendo pessoas que acabam por ser contratadas ilegalmente.
“A inspeção da função pública continua inoperacional, lamento” disse o ministro das Finanças, citado no documento, com o FMI a aconselhar a sua ativação.
“O ministro Ilídio Vieira Té prometeu prosseguir com as medidas corretivas e voltou a defender a necessidade de verificar minuciosamente o recenseamento dos funcionários públicos realizados recentemente na Administração Pública”, refere o comunicado.
Retomada de ajuda
O FMI anunciou em junho que iria retomar brevemente a assistência financeira à Guiné-Bissau no âmbito da Facilidade de Crédito Alargado e destacou no âmbito das consultas do artigo IV que a gestão orçamental sustentável é uma “prioridade” e que a consolidação orçamental deve continuar em 2022 para “conter o elevado risco” de aumento da dívida pública.
Fonte: DW