A Guiné-Bissau celebra este sábado (24.09) 49 anos de independência. A data é marcada pela decisão do Governo em despedir mais de mil técnicos de saúde. Presidente Sissoco Embaló convida sociedade a “momeno de reflexão”.
Há quase uma convergência de opiniões em relação ao estado de retrocesso da Guiné-Bissau, 49 anos depois de ser declarada independente e soberana.
O país ainda não se endireitou, por culpa de vários falhanços ao longo de quase cinco décadas da independência, como explica o professor universitário Paulo Vasco Salvador Correia.
“Nós falhámos com a saúde dos guineenses, falhámos com a educação, falhámos com a justiça, com a democracia e, sobretudo, pode-se dizer que nós falhámos com os ideais de Amílcar Cabral e dos Combatentes da Liberdade da Pátria”, avalia o professor.
Na noite desta sexta-feira, o Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló, que está fora do país, disse, em discurso à nação, que este é um momento de “reflexão” sobre os 49 anos do Estado da Guiné-Bissau.
“Na celebração de 24 de setembro tem de haver sempre um momento de reflexão. Convido a todos, o Governo, a sociedade civil, os partidos políticos e os quadros guineenses em geral, a fazerem este exercício de reflexão sobre os 49 anos do Estado guineense, disse.
“Na verdade, vale a pena lançarmos um olhar crítico sobre o caminho que já foi percorrido, medir os sucessos que foram alcançados e aprender [com] os erros cometidos. Sobretudo, temos de saber construir uma visão ambiciosa e mais realista, [sobre] o futuro que queremos ter, e concentrar os nossos esforços na sua concretização”, acrescentou Sissoco Embaló.
Rádio Jovem/ DW