O vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, denunciou que a detenção da mulher suspeita de matar o próprio marido está fora de prazo, como também criticou as autoridades por deixarem o bebê na cela – que se encontra doente– com a mãe, o que “é uma situação desumana e inacreditável”.
Contactado por telefone para pronunciar-se sobre o caso, o vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, denunciou que a detenção está fora de prazo, como também criticou as autoridades por deixarem o bebê na cela com a mãe, o que “é uma situação desumana e inacreditável”.
Bubacar Turé disse que a liga entrou em contacto com a Associação de Amigos da Criança (AMIC) no sentido de esta assumir a custódia da criança, de forma a salvar-lhe a vida. Enfatizou que a AMIC manifestou disponibilidade, mas não recebeu a autorização das autoridades.
“Nós entramos em contato com o ministério público sobre este processo, porque é bom saber que já foram ultrapassados todos os prazos legais de detenção da mulher. O crime foi cometido fora da jurisdição do setor autónomo de Bissau e o tribunal regional de Bissau não tem competência para julgar este caso. Este é um caso que deve ser julgado no tribunal provincial de Buba, porque o crime foi cometido na região de Bolama que faz parte da província sul”, contou, criticando também que até hoje a mulher não chegou a ser ouvida por um magistrado do ministério público.
“É verdade que ela é suspeita do crime do homicídio e que deve ser julgada pelos crimes que terá cometido, mas é importante respeitar as normas processuais, que devem ser estritamente cumpridas”, exortou.
A presidente do Instituto da Mulher e Crianças (IMC), Florença Dabó, explicou a O Democrata que a sua organização tomou conhecimento dessa situação.
“Estamos a tomar as pertinentes diligências neste momento para assumir a responsabilidade pela criança. Os nossos técnicos estão em contacto com as autoridades sobre este assunto”, contou aquela responsável, em conversa telefónica.
Fonte: O Democrata