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OPOSIÇÃO SENEGALESA DENUNCIA MORTE DE MANIFESTANTES

A coligação da oposição senegalesa Yewwi Askan Wi (“Libertemos o Povo”) lamentou hoje a morte de três manifestantes, em protestos realizados nesta sexta-feira (17.06), em várias cidades do Senegal contra a rejeição da sua lista às eleições legislativas de 31 de julho.

“Quero dizer a Macky Sall que ele é um presidente [da República] assassino. Depois de ter assassinado 14 pessoas [durante protestos realizados em março de 2021], agora acrescenta mais três vítimas ao seu repertório”, declarou o principal adversário senegalês, Ousmane Sonko na sua conta no Facebook.

“Todos os seus crimes não ficarão impunes”, disse Sonko, denunciando que no sul de Casamansa – região vizinha da Guiné-Bissau -, na cidade de Bignona e na de Ziguinchor, onde é autarca desde janeiro, as forças de segurança usaram balas reais.

“Porque durante as manifestações os polícias apenas são autorizados a disparar munição real no sul do país? Macky Sall não considera o povo de Casamansa como seres humanos”, acrescentou Sonko.

A Cruz Vermelha senegalesa disse na sexta-feira à agência de imprensa do Senegal que recuperaram o corpo de um adolescente carbonizado no bairro de Colobane, em Dakar, mas indicaram não saber se a morte estava ligada aos protestos.

O presidente do Conselho Departamental de Bignona, Yankhoba Diémé, afirmou à televisão local Walf TV que um homem de 28 anos morreu após ser baleado pelas forças de segurança quando um grupo de jovens se mobilizava para participar numa marcha pacífica em Ziguinchor, apesar de nenhuma manifestação ter sido convocada em Bignona.

A imprensa local noticiou que um homem com 43 anos morreu após ser baleado no pescoço durante a manifestação em Ziguinchor, apesar de não ser um dos manifestantes.

Até ao momento, as autoridades não fizeram declarações ou forneceram números oficiais de mortos ou de feridos.

Estas manifestações haviam sido proibidas pelo responsável pelo departamento de Dacar, Mor Talla Tine, por considerar que representava uma ameaça à ordem pública e que violava o código eleitoral, que proíbe “propaganda encoberta” nos 30 dias que antecedem a abertura oficial da campanha eleitoral.

Fonte: DW

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