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“NÚMERO DE ALUNOS PERSPETIVADO PARA 2025 ULTRAPASSA OS 15 MIL”, FEC

A pesquisa levada a cabo pela Fundação Fé e Cooperação (FEC) revelou que, só no ano letivo 2021/2022, o número dos alunos que procura o ensino superior ultrapassou os quinze mil perspetivados para o ano 2025, o que faz subir para 31% a taxa de procura.

Segundo o estudo, neste momento funcionam 118 cursos e a área de formação dos professores constitui 36,4%. Na segunda posição estão as ciências da administração e socioeconómicas com 15,3%, depois ciências sociais e humanas com 23,7%, ciências da saúde com 13,6% e ciências e tecnologias com 11%, tendo apenas um curso ligado à transformação de produtos agrícolas, à pesca e àindústria extrativa.

Perante estes fatos, o documento divulgado esta quarta-feira, 8 de junho de 2022 em Bissau, mostra a necessidade de diversificar as áreas de formação, nomeadamente em ciência de terra, da saúde, da biologia, da química e das engenharias, porque “os interlocutores evidenciam défice de pessoal qualificado nessas áreas”.

O mesmo estudo apontou que o sistema de ensino da Guiné-Bissau disponibiliza apenas os graus de bacharelato e da licenciatura, sendo que a primeira abrange apenas as áreas de formação de professores, para de seguida mostrar a necessidade da oferta de pós-graduação e pós-especialização nas áreas em constante desenvolvimento e que acompanham o dinamismo da economia.

Sobre a lei da docência, o estudo revela que para além de haver docentes com grau de licenciatura, não se faz prova de capacidade pedagógica-científica e que há docentes com grau de bacharel a lecionar cursos superiores.

“Num total de 1816 docentes do presente ano letivo, apenas há 63 doutores, 591 mestres, 977 licenciados e 185 com bacharel. E as universidades são as que mais têm docentes com grau superior”, revelou o documento.

O estudo apontou a falta de motivação, dada a ausência de oportunidades de formação ou integração nas equipas de investigação, como um dos problemas ligados ao perfil da docência, razão pela qual a prática docente se limita à atuação dos professores na sala de aulas, onde transmitem apenas o conhecimento, cabendo aos alunos o papel de memorizar.

O documento frisa que a ação social em benefício dos alunos  é quase inexistente e que a ação escolar será um instrumento para a universalização do ensino superior.

Para além da componente do ensino superior, o estudo disse que a Guiné-Bissau é um país onde grande parte da atividade económica é de natureza informal e com elevado défice tecnológico, com tecido “empresarial débil” a revelar algumas necessidades.

O documento recomenda o alargamento da oferta de ensino superior técnico, priorização das áreas científicas ajustadas aos recursos naturais da região e a mobilização de fundos para as infraestruturas.

“Apostar na formação dos docentes universitários na obtenção do grau de mestre e de doutor e na requalificação dos docentes de pertença as redes internacionais de investigação e participações em eventos científicos”, recomendou o documento.

Outra aposta tem a ver com a criação de agência independente de certificação e avaliação das instituições do ensino superior, de acreditação e validação dos cursos, bem como a uniformização dos currículos.

Fonte: O Democrata

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