Consumidores de energia da central elétrica fotovoltaica de Bissorã queixam-se de mau trabalho e dizem que a empresa presta “péssimos serviços” aos clientes e exigem a definição de novo tarifário para prover justiça entre consumidores que têm electrodomésticos em casa e os que não os têm.
Os consumidores ouvidos pelo repórter lamentam que o período de fornecimento da energia seja muito curto e que a energia fornecida não consiga satisfazer as necessidades, não permite ligar todos os electrodomésticos em casa.
A central aplica diferentes tarifas pelo consumo de energia, por exemplo para uma residência normal cobra-se cinco mil francos cfa por mês e para boutiques ou armazéns o custo mensal do consumo da energia é 12.500 francos CFA.
Os consumidores dizem que a empresa deveria introduzir contadores e passar a faturar a energia, de acordo com o consumo mensal, porque um cliente pode ter apenas lâmpadas. Neste caso, pagar os cinco mil francos CFA seria injusto, porém poderia ser razoável para quem tem lâmpadas e vários electrodomésticos.
A central fornece energia em diferentes períodos, das 13 às 16 horas para toda a cidade de Bissorã, a partir das 16 horas fornece apenas para algumas zonas, até às 22 horas. Das 22 horas fornece energia aos bairros. O fornecimento é interrompido às 00 horas.
Em conversa com o repórter de O Democrata, um dos consumidores explicou que neste momento estão a pedir aos gestores da central que alarguem o período de fornecimento da energia.
“Queremos que a empresa aumente as horas de fornecimento, porque há toda uma necessidade. Podem aumentar a tarifa sem problemas, mas que o fornecimento seja regular. À noite faz muito calor. Lutamos por energia, mas não estamos a beneficiar dela”, disse.
Outra situação que não escapou à crítica dos consumidores é a forma como são cobradas as tarifas aos clientes, que são obrigados a pagar um único preço, mesmo que não tenham eletrodomésticos.
Fonte: O Democrata