A Fundação Catarina Taborda visitou esta quarta-feira às instalações da Escola Surdos/Mudos do país com o objetivo de se inteirar melhor do seu funcionamento.
Durante a referida visita, o diretor da Escola Surdos/Mudos, José Augusto Lopes, revelou que neste momento a instituição que dirige não tem condições de receber as crianças deficientes das regiões que necessitam de educação, devido às dificuldades.
“Temos três residências tanto para as meninas assim como para os meninos, e só temos camas e não temos colchão para as crianças deficientes que estão nas regiões e que têm direito a educação. Não temos condições para implementar esta escola em todas as regiões do país, por isso queremos trazer estas crianças para Bissau, mas infelizmente estamos com falta de colchão na nossa residência”, lamentou o diretor.
Depois de registar as preocupações levantadas, a presidente da Fundação, Catarina Taborda disse que a Escola Surdos/Mudos passará a ser a prioridade na agenda da fundação que dirige e contou que já conseguiram algumas bolsas de estudo para Portugal para jovens da referida instituição de estudo.
“Anotamos todas as vossas necessidades, e iremos apoiar em tudo que é possível enquanto guineenses e também quanto aos colchões nós iremos doar um número significativo em breve. Uma outra surpresa é que consegui bolsas de estudos para os professores desta escola em Portugal, assim que os protocolos terminarem a direção da escola irá selecionar os professores mudos que também são antigos alunos da escola a fim de irem formar em Portugal”, disse Taborda.
De salientar que a visita da Fundação Catarina Taborda à Escola Surdos/Mudos contou com a presença do diretor geral da educação inclusiva, Manuel Malam Jafuno, que l revelou que o Ministério da Educação, através da Direção Geral de Educação Inclusiva, já elaborou um plano estratégico nacional para a implementação da educação inclusiva tendo como atividade principal a formação dos professores na linguagem gestual.
A Escola Surdos/Mudos fica situada em Ponta Gardete, nos arredores de Bissau, e funciona de jardim a 12 ano de escolaridade.
Atualmente conta com mais de 600 alunos da educação inclusiva.
Por Djariatú Baldé