O presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Jean-Claude Kassi Brou, rejeitou a proposta da junta militar no poder na Guiné-Conacri de devolver o país à democracia num prazo de 36 meses.
“As melhores transições são as mais curtas possíveis. Uma transição que sai de um golpe militar não é um mandato eletivo”, disse Kassi Brou à televisão Africa24, em declarações recolhidas hoje pela comunicação social local.
“Na nossa região há chefes de Estado que são eleitos por cinco anos. Um golpe de estado militar semelhante a um mandato eletivo coloca um problema”, acrescentou o líder da CEDEAO.
A atual junta militar no poder na Guiné-Conacri, liderada pelo coronel Mamady Doumbouya, tomou o poder através de um golpe de Estado em 05 de setembro de 2021.
O presidente da Comissão da CEDEAO argumentou ainda que o fundamento de uma transição não é o de proporcionar o contexto para que o país faça todas as reformas de que necessita, mas para assegurar a realização de eleições credíveis.
Fonte: DW/Lusa