A dissolução do Parlamento é “mais um retrocesso” na democracia guineense, segundo o analista Rui Jorge Semedo. Agora, o Presidente da República “vai reforçar a sua presença no Executivo” para impor a sua agenda.
No dia em que o Presidente da República (PR) da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o Parlamento e marcou eleições legislativas para 18 de dezembro, surgiram muitas e severas críticas, sobretudo porque o país ficará durante mais de oito meses sem Parlamento constituído.
O que é que isto significa para a democracia da Guiné-Bissau? Em entrevista à DW África, o sociólogo e analista político guineense Rui Jorge Semedo lamenta “mais um retrocesso” no país e acusa Sissoco Embaló de afastar os parlamentares do cenário político em busca de uma configuração “ainda mais submissa à sua agenda”.
O Presidente Umaro Sissoco Embaló, com a chegada dos soldados da CEDEAO, se sente mais bem preparado para tomar os passos que tomou.
“Isso é previsível. Não é nada mais, nada menos que a atribuição de um certificado de incompetência às nossas Forças Armadas. Aproveitou o caso de 1 de fevereiro para forjar todo esse teatro”.
Fonte: DW