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APÓS UM ANO DA SUA MORTE, OS PRÓXIMOS CONTINUAM A CLAMAR PELA JUSTIÇA

O jurista e antigo líder do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados, Bernardo Mário Catchura, morreu no ano passado numa clínica privada, depois de não ter sido atendido atempadamente no Hospital Nacional Simão Mendes alegadamente por falta de oxigénio.

Para assinalar a passagem de um ano após a morte do ativista, o amigo do malogrado, Lesmes Monteiro, contou à Rádio Jovem que decidiram realizar séries de ativistas como forma de homenageá-lo.

“Decidimos organizar eventos para homenagear o Bernal por aquilo que representa para a sociedade guineense. Inaugurámos um consultório clínico no bairro de Antula, batizado com o seu nome. A abertura deste consultório tem um duplo significado, além de contribuir para manter vivo o seu nome, vai também contribuir para reduzir os prejuízos do sistema de saúde guineense que foi a causa da sua morte”, lembrou Lesmes Monteiro

Por outro lado, Lesmes Monteiro revelou que o processo judicial a cerca do caso está há vários meses parado devido a precariedade do sistema judicial do país.

“Houve detenção dos suspeitos, mas que depois foram libertos, após aquilo, o processo está a avançar num ritmo muito lento, mas acreditamos que com os esforços dos advogados, no tempo devido haverá uma resposta conclusiva deste processo”, diz esperançoso o amigo do malogrado Catchura.

Recorda-se que no dia 2 de Fevereiro do ano 2021, a Procuradoria-Geral da República (PGR) da Guiné-Bissau decidiu abrir um processo de inquérito para apurar as responsabilidades da morte do ativista, jurista e rapper, Bernardo Mario Catchura, que resultou na detenção de dois médicos que assistiram o malogrado. Os médicos acabaram por serem postos em liberdade. Vale recordar que um dos médicos em causa também já faleceu no ano passado, Lassana Intchasso.

A morte do ativista gerou uma das maiores revoltas no país, na qual foram realizadas várias manifestações e protestos pelos cidadãos exigindo a responsabilização dos implicados e o fim das mortes nos hospitais do país por falta de condições adequadas.

Perante o silêncio da instância judicial do país sobre a morte de Bernardo Mário Catchura, Lesmes Monteiro apela a toda sociedade guineense no sentido de encararem esta data de 29 de janeiro como um dia de reflexão sobre o processo do desenvolvimento da Guiné-Bissau.

O ativista social Bernardo Mário Catchura completou um ano após a sua morte, e em jeito de homenagem, a associação dos filhos e amigos de Suzana, músicos e amigos realizaram várias atividades, nomeadamente a inauguração de uma clinica num dos bairros de Bissau, batizado com o nome do malogrado.

Bernardo Mário era jurista e também rapper de intervenção, morreu aos 39 anos, casado e pai de três filhos.

O Ativista liderava o “Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados”, autores de várias manifestações de rua contra o sistema político e a má gestão do erário público no país.

Djariatu Balde

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