O governo de transição do Mali considerou hoje “ilegítimas e ilegais” as novas sanções impostas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para obrigar as autoridades do país a respeitar o calendário eleitoral.
“Estas medidas (punitivas) estão em contraste com os esforços feitos pelo executivo e a sua disponibilidade para dialogar, com vista a alcançar um compromisso com a CEDEAO sobre o calendário das eleições no Mali”, afirmou ainda o governo maliano numa declaração.
A CEDEAO decidiu este domingo, numa cimeira extraordinária em Acra, congelar as contas dos membros da junta militar do Mali nos bancos regionais, a retirada dos embaixadores dos países-membros da organização acreditados em Bamako e a suspensão de todas as transações comerciais com o Mali, com exceção de algumas mercadorias.
Para o governo do Mali, estas sanções, que constituem uma “violação” dos textos comunitários, foram decididas “curiosamente numa altura em que as forças armadas malianas estão a alcançar resultados espetaculares na luta contra o terrorismo”. O Mali reserva-se ainda o direito de rever a sua participação no bloco regional.
LUSA