A Rede Nacional das Associações Juvenis da Guiné-Bissau, a RENAJ, exigiu que nas próximas eleições legislativas no país que todos os partidos políticos tenham 35% de jovens como cabeças de lista ao cargo do deputado.
Esta exigência foi tornada pública ontem durante o lançamento oficial da iniciativa ʺI Djusta! Jovens, No Toma Terra”, na qual o presidente da RENAJ, Seco Duarte Nhaga, anunciou uma manifestação com o objetivo de contestar aquilo que consideram de desgovernação o que se tem vivido nos últimos tempos no país.
“Uma grande mobilização juvenil a nível nacional e internacional para os próximos dias, numa ação simultânea e contínua, sairemos às ruas da Guiné-Bissau, numa manifestação pacífica, e em todos os cantos deste país e do mundo, em que vive algum jovem guineense, para manifestar ao mundo a indignação dos jovens sobre o caos que temos vivido no país, e que nos priva de sonhos e realizações”, disse o jovem na apresentação da iniciativa. E prosseguiu.
“Uma ação de mobilização da consciência juvenil para nas próximas eleições legislativas no país determinarmos que todos os partidos políticos concorrentes coloquem na lista de candidatos a deputado 35% de cabeças de lista os jovens. Esta exigência é sustentada pelo fato de 64% da população da Guiné-Bissau tem menos de 35 anos de idade”.
Nhaga anunciou também que irão mobilizar os jovens a não votarem naqueles partidos políticos que não cumprirem com esta exigência nas próximas eleições legislativas no país.
No seu discurso do lançamento desta iniciativa que juntou cerca de 10 dezenas dos jovens guineenses, Seco Nhaga declarou a perda total de confiança da juventude na classe política guineense.
“É chegada a hora, aliás, passou da hora, de nós jovens assumirmos as nossas responsabilidades, que passa necessariamente pela assunção do país, mediante ações concretas e concertadas, capazes de colocar maior número de jovens nas estruturas da tomada de decisões. Isto porque nós, jovens guineenses, não temos mais nenhuma confiança na capacidade dos nossos atores políticos em dar respostas aos problemas do país, razão pela qual declaramos aqui e hoje a perda total de confiança na classe política guineense”, afirmou Seco.
A iniciativa ʺI Djusta! Jovens, No Toma Terraʺ foi lançada ontem com o objectivo de mobilizar os jovens a conquistarem os lugares de tomas de decisões para mudar o rumo do país.
O presidente da RENAJ explicou que a sua rede quer com esta iniciativa conquistar mudanças necessárias para os guineenses, pelo que pediu a participação e colaboração da sociedade civil do país.
“Queremos com esta agenda provocar mudanças necessárias, mas, para isso, torna necessária uma colaboração estreita entre as diferentes estruturas juvenis, partidárias, da sociedade civil, estudantis, religiosas e outras, e uma mobilização juvenil em larga escala, para estarem prontos e preparados a assumirem posições de relevo a todos os níveis, para em uma única voz dizermos: “I DJUSTA! JOVENS, NA TOMA TERRA”.
A conjuntura já nos provou, suficientemente, a incapacidade da classe política em dar respostas aos problemas básicos do povo guineense, por isso, hoje, não vamos apelar aos nossos governantes a criação de melhores condições de vida, porque já estamos fartos de o fazer, mas sim, vamos assumir o destino do país, e nós mesmos vamos criar estas condições de vida melhor para o povo guineense.
A Rede Nacional das Associações juvenis da país – RENAJ – exige que nas próximas eleições legislativas no país que todos os partidos políticos tenham 35% de jovens como cabeças de lista ao cargo do deputado, no âmbito da iniciativa ʺI Djusta! Jovens, No Toma Terraʺ,
Por Redação