A variante Ómicron do novo coronavírus já esta a circular na Guiné-Bissau, confirmou hoje o secretário do Alto Comissariado para a Covid-19 no país (AC), apelando ao cumprimento das medidas preventivas.
Plácido Cardoso falava, esta segunda-feira, 10 de janeiro, em conferência de imprensa semanal de atualização do boletim epidemiológico da pandemia no país, nas instalações da instituição em Bissau.
ʺEstes são resultados preliminares que confirmam a existência da variante ómicron, mas que continuamos a ter outras variantes que foram detetadas nos outros exercíciosʺ, anunciou Plácido Cardoso.
O médico guineense revelou ainda da existência da outra variante conhecida pela variável ʺGamaʺ no país, que foi diagnosticado neste exercício.
ʺEsperamos que o resultado final coincida com estes resultados preliminares e não sejam diagnosticados situações ainda mais graves em termos biológicosʺ, disse.
A circulação da nova variante no país acontece numa altura que os casos de covid-19 aumentaram drasticamente, embora sem óbitos registados a nível do território nacional.
Perante este cenário, o Alto Comissariado para a Covid-19 entende que é fundamental governo refletir sobre algumas medidas de restrições que foram levantadas, nomeadamente atividade sociopolíticas e culturais no país.
Na ocasião, Cardoso confirmou que a Guiné-Bissau entrou na quarta vaga da pandemia, depois de os novos casos da doença terem sextuplicado numa semana.
Segundo os dados divulgados, entre 03 e 09 de janeiro, o país registou 214 novos casos para um total acumulado de 6.173 casos, contra os 33 registados na semana anterior.
As informações indicam ainda que há um total acumulado de 6.130 recuperados e que não foi registada qualquer vítima mortal, mantendo-se o acumulado de 149 mortes.
A variante Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela OMS, foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em Novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.
Por Alison Cabral
