O primeiro-ministro da Somália acusou hoje (27.12) o Presidente do país de tentar “interromper” as eleições e ordenou às forças de segurança que seguissem as suas ordens – horas depois de o chefe de Estado ter suspendido os seus poderes.
“Exorto as forças armadas a responderem diretamente ao Governo. Tomarei medidas imediatas contra quem se opuser a esta ordem”, disse Mohamed Hussein Roble, numa conferência de imprensa em Mogadíscio.
O primeiro-ministro também acusou o Presidente, Mohamed Abdullahi Mohamed Farmaajo, de tentar “manter-se ilegalmente no cargo”, de acordo com médias locais.
O Presidente da Somália ordenou hoje (27.12) pela manhã a suspensão dos poderes do primeiro-ministro, até que a investigação de um alegado caso de corrupção que o envolve esteja concluída.
Através da rede social Twitter, o gabinete de Roble considerou a decisão do Presidente Farmaajo como “uma tentativa falhada de assumir militarmente o gabinete do primeiro-ministro” e “uma violação da Constituição e de outras leis”.
Lusa