Por se tratar da quadra festiva, centenas de cidadãos guineenses estão temporariamente impedidos de viajar para as diferentes regiões do país, por falta de meios de transporte.
Segundo constatou uma equipa de reportagem da Rádio Jovem no local esta sexta-feira (24.12.2021), durante uma ronda feita às duas principais paragens de transportes mistos, os cidadãos deparam com enormes dificuldades em termos de deslocação para o interior do país, devido à falta de transportes e subida dos preços de passagem, como é o caso da paragem do enterramento (estação principal), conforme confirmam os passageiros.
“Já fiz dois dias a espera dum carro para viajar, está a ser muito difícil viajar e o preço praticado de momento é demasiado alto”, lamentou uma jovem-adolescente.
“A situação está difícil, pois não está a ser fácil conseguir carro”, disse um cidadão para depois continuar, “há dez anos que trabalho aqui, mas nunca houve uma dificuldade igual a esta ”, confirmou um dos ocupantes do local.
“Estou cá desde de madrugada, contudo até agora não consegui viajar por falta de carros, talvez seja por causa da situação das estradas”, presumiu outro.
Perante esta situação, os cidadãos apelam a permissão aos meios de transporte urbanos, nomeadamente as toca-tocas, para transportarem pessoas como forma de colmatar as necessidades.
Interpelado pela Rádio Jovem, um dos membros do Sindicato dos Motoristas, Lenin Alberto Indaiá, sublinhou que não impediram as toca-tocas de transportarem os passageiros, mas para que estes desloquem, devem cobrar o mesmo preço com os dos transportes mistos.
Condição esta que um dos condutores de toca-toca, Mamadu cante, defendeu que não podem observar, por lotação serem diferentes.
Em relação à paragem de Penha, onde deslocaram 18 autocarros para as diferentes regiões do país, estima-se que mais de 1080 pessoas terão viajado para o interior do país só nesta sexta-feira.
Fala-se que os condutores e os respetivos ajudantes estão a dobrar os preços habitualmente praticados. Cobram mil francos cfa para os destinos que normalmente custam quinhentos francos, assim sucessivamente. Os responsáveis sindicais admitem terem recebido queixas dos passageiros sobre essa questão, mas afirmam que são casos isolados.
Eliseu Sambu