A Guiné-Bissau ainda não está livre de ciclos de crises políticas de dimensões semelhantes à ocorrida em 2015, devido as divergências patentes entre o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló e o Primeiro-Ministro, Nuno Gomes Nabian, sobre o caso do avião retido em Bissau, por ordens do executivo.
A situação arrasta-se nos últimos dias, mas agora as divergência entre as duas altas personalidades do Estado guineense começam a ganhar novos contornos. De regresso ao país no último sábado, Sissoco Embaló afirmou não existir nada de anormal com o aparelho, que, disse pertencer a uma empresa estrangeira que pretende abrir um hangar de manutenção de aeronaves em Bissau.
Em declarações aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira em Bissau, o Chefe de Estado fez lembrar ao chefe do governo que não ganhou as eleições legislativas para chegar ao poder.
Por seu turno, Gomes Nabian, através da nota, anunciou que decidiu instaurar uma investigação externa ao avião retido em Bissau e pediu apoio da comunidade internacional. segundo o comunicado, a investigação será feita por uma entidade externa, que será responsável por analisar todas as circunstâncias suspeitas envolvendo a aeronave.
Esta terça-feira, durante a cerimônia da celebração da criação das Forças Armadas, Sissoco Embaló recusou saudar a Nuno Gomes Nabian, situação que insinua ddivergências entre as duas figuras.
Em reação, Nabian transmitiu à imprensa que sempre existiu um relacionamento normal com o Presidente da República, embora admita que possa existir desentendimentos do ponto de vista ideológico entre ambos.
Em relação ao seu futuro em frente do executivo, o Primeiro-Ministro revela que chegará o dia em que vai ser demitido em frente do governo.
Perante estas divergências, Sissoco Embaló convocou o Conselho de Estado (órgão de consulta do chefe de Estado), um encontro no final do qual Chefe de Estado prometeu decisões sobre a situação geral do país, em contexto de alguma crispação política.
Por Redação